Contribuinte terá que ir à Receita para incluir IR no Refis.

16:11 Antonio Antunes 0 Comments

Contribuintes que aderiram ao Refis da Copa terão um trabalho a mais para incluir débitos de Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) – devidos na tributação do lucro real por estimativa – no parcelamento. A Receita Federal informou que a inclusão poderá ser feita por meio de pedido de revisão da consolidação dos débitos, que deve ser apresentado em uma de suas unidades.

O pedido deve ser feito de forma presencial e, necessariamente, dentro do prazo previsto para a consolidação. Para médias e grandes empresas encerra-se já na próxima sexta-feira, dia 25.

Havia dúvidas sobre o lançamentos desses débitos pela falta de um campo específico no sistema virtual disponibilizado para o período de consolidação. 

Apesar de o artigo 14 da Lei nº 10.522 – que trata sobre parcelamento ordinário (sem incentivo) – restringir débitos de estimativa, a norma do Refis da Copa (Lei nº 12.996, de 2014) traz expressamente que ao parcelamento com benefícios não se aplica essa vedação.

A recomendação da Receita é para que o contribuinte consolide os débitos que o sistema permitir, via internet, e na revisão informe somente os que não foram incluídos de forma on-line. O Refis da Copa permite a inclusão dos débitos vencidos até 31 de dezembro de 2013.

No entanto, a recomendação da Receita – para que os contribuintes formalizem o pedido nas unidades, de forma presencial – contraria o artigo 4º da Portaria Conjunta nº 1.064, que trata sobre o processo de consolidação do Refis da Copa.

O dispositivo prevê exatamente o contrário. "O procedimento deve ser feito exclusivamente nos sites da Receita Federal ou da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN)", diz Valdirene.

Por isso, é mais seguro que o contribuinte ingresse com uma ação judicial ainda no prazo permitido para a consolidação. 
  

Parece contraditório o contribuinte ter de fazer um pedido apartado do sistema. Ainda, a Receita Federal deveria ter esclarecido o procedimento com mais prazo e critica o fato de, mesmo diante do problema, não ter se manifestado oficialmente.

Fonte: Valor Econômico.

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